
Origem e Povoamento
A Região dos "Campos do Avanhandava" e do "Salto do Avanhandava" no baixo Rio Tietê, era habitada pelos índios Coroados (ou Kaingang) vindos do sul do Brasil quando chegaram os primeiros pioneiros (brancos colonizadores).
Ava - Nhandava significa: " O índio que fala o dialeto Nhandeva", por isso não se diz: "salto de", e, sim, se diz: "Salto do Avanhandava".
A primeira presença do Estado brasileiro na região foi, na década de 1860, pouco antes da Guerra do Paraguai. Uma Colônia Militar, próxima ao Salto do Avanhandava, que recebeu o nome de Colônia do Avanhandava.
Naquela época se criaram várias colônias militares em todo o Brasil para proteção das fronteiras e para "proteger a população do interior contra índios selvagens, facilitar as comunicações e o comércio e ajudar os núcleos civis que se fundarem nas suas vizinhanças".
Hoje, o salto do Avanhandava, a colônia militar e a velha Usina Hidrelétrica de Avanhandava jazem no fundo da represa da Usina Hidrelétrica de Nova Avanhandava.
Em 1895, o presidente do estado de São Paulo, Bernardino de Campos autoriza a construção de uma estrada de Bauru ao Salto do Avanhandava, estrada esta que facilita o acesso à região dos Campos do Avanhandava.
A colonização de Penápolis, portanto, foi feita, como em todo o oeste paulista, de acordo com a Lei de Terras de 1895, que só permitia a aquisição de terras devolutas, pertencentes ao governo do estado, em leilão público.
Para estimular a colonização da região, Manuel Bento da Cruz, Eduardo de Castilho e os capuchinhos fundaram o Patrimônio de Santa Cruz do Avanhandava, em 25 de outubro de 1908. Esta data é oficialmente a data de fundação de Penápolis.
Como marco deste acontecimento, realizaram um primeira missa naquele dia e ergueram um cruzeiro em frente ao local onde, depois, se instalou, em 1923, o 1º Grupo Escolar de Penápolis.
Nas cidades daquela época se concentravam os estabelecimentos comerciais, porém a grande maioria da população vivia na zona rural.
Logo em seguida, em 2 de Dezembro de 1908, chegou ao novo povoado, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, na época chamada Estrada de Ferro Bauru - Itapura, que impulsionou o povoamento da região. As estradas de ferro, naquela época, eram fundamentais para o transporte de grãos de café, a maior produção agrícola da época, para o porto de Santos.
Os pioneiros encontraram seus maiores obstáculos nos ataques dos índios e na malária, na época chamada de maleita. Os índios só foram finalmente pacificados, em 1912, com a ação do Coronel Cândido Rondon, que, por isto, é homenageado dando seu nome a SP-300 que é a principal rodovia que corta a região da Estrada de Ferro NOB (Bauru até a divisa com o Mato Grosso do Sul), atual Novoeste.
100 Anos de História
O penapolense, vivendo o Centenário de sua cidade em 2008, não esquece as histórias de pioneiros. Famílias inteiras buscando vida nova.
Penápolis que já foi uma estação de trem e uma venda.
As ruas descalças e pacatas com apenas 30 automóveis em 1925, que já eram 350 em 1950.
Em 1919, a grande festa na cidade, recebendo os mais importantes políticos da capital paulista que vieram fundar a Santa Casa de Misericórdia de Penápolis e instalar as Escolas Reunidas, que depois se tornariam o "1º Grupo Escolar de Penápolis".
Na década de 1920 finalmente foi construída a ponte ligando Penápolis a São José do Rio Preto, acabando com a dureza de se atravessar, a vau, com carroças e cavalos, o rio Tietê.
Cora Coralina vendeu muitas mudas de árvores para a cidade toda e sua Casa de Retalhos. Em uma época em que era raro ver uma mulher comerciante, Cora Coralina lutava, nas ruas e no jornal "O Pennapolense" pela instalação de uma Associação Comercial na cidade.
Filhos e moradores ilustres
- A poetisa Cora Coralina viveu vários anos em Penápolis.
- O Bispo aposentado da Diocese de Duque de Caxias e ex- coordenador do Programa Fome Zero, Dom Mauro Morelli, natural de Avanhandava, também morou em Penápolis.
- A família materna da atriz Giulia Gam é de Penápolis, onde Giulia é cidadã honorária.
- A decana do professorado paulista, Dirce Pereira da Silva, que, em 2003, foi homenageada pelo Governador do Estado de São Paulo, como a professora que mais tempo permaneceu em sala de aula em toda a rede pública de ensino do Estado, de 1954 a 2004.
- O Bispo da Igreja Armênia de São Paulo, Dom Vartan Waldir Boghossian;
- O cantor, compositor e arranjador Iso Fischer e seu irmão Tato Fischer (Carlos Eduardo Fischer Abramides) que é ator e diretor teatral;
- A escultora Marly Salum;
- O compositor e cantor Francisco Gottardi da dupla caipira "Sulino & Marrueiro";
- O desenhista e ilustrador Rogério Vilela;
- A jogadora de basquetebol Suzete Gobbi, capitã da seleção brasileira feminina de basquete de 1973 a 1986.
- O pianista Silvano Reis. O músico Chiquinho Costa.
- O sociólogo Luiz Eduardo Waldemarin Wanderley;
- A jogadora de vôlei Jaqueline Bachiega Sipriano da Silva que tem grande destaque no vôlei nacional;
- O artista plástico José Maurício de Almeida (o Caxeta);
- O grafiteiro Edvaldo Luiz Alvares - (O Vado do Cachimbo).
- A apresentadora e modelo Sabrina Sato Rahal;
- O Euclides Marques, da dupla de Choro "Euclides e Luizinho 7 Cordas".
- Nasceu em Penápolis em a 11 de dezembro de 1959, a escritora, contista e poetisa Vera Vilela,
- O Sérgio Peli, armeiro, restaurador e desenhista de armas.
- O maestro Sílvio Augusto Bugiga.
- A atriz Pepita Rodrigues, espanhola, veio, na infância, para Penápolis.
- O jurista José Frederico Marques foi juiz substituto em Penápolis em 1938.
- A poetisa e historiadora Carmita de Mello Ahmad foi uma das pioneiras de Penápolis tendo residido na primeira casa de Penápolis.
Turismo
As atrações turísticas de Penápolis e região são as praias às margens do Rio Tietê, museus, parques públicos, a primeira casa da cidade, represas, clubes de campo.
Museus
Penápolis possui o Museu do Folclore, o Museu São Francisco, dedicado à iconografia sacra, e o Museu do Sol, dedicado à arte primitiva.
A Região dos "Campos do Avanhandava" e do "Salto do Avanhandava" no baixo Rio Tietê, era habitada pelos índios Coroados (ou Kaingang) vindos do sul do Brasil quando chegaram os primeiros pioneiros (brancos colonizadores).
Ava - Nhandava significa: " O índio que fala o dialeto Nhandeva", por isso não se diz: "salto de", e, sim, se diz: "Salto do Avanhandava".
A primeira presença do Estado brasileiro na região foi, na década de 1860, pouco antes da Guerra do Paraguai. Uma Colônia Militar, próxima ao Salto do Avanhandava, que recebeu o nome de Colônia do Avanhandava.
Naquela época se criaram várias colônias militares em todo o Brasil para proteção das fronteiras e para "proteger a população do interior contra índios selvagens, facilitar as comunicações e o comércio e ajudar os núcleos civis que se fundarem nas suas vizinhanças".
Hoje, o salto do Avanhandava, a colônia militar e a velha Usina Hidrelétrica de Avanhandava jazem no fundo da represa da Usina Hidrelétrica de Nova Avanhandava.
Em 1895, o presidente do estado de São Paulo, Bernardino de Campos autoriza a construção de uma estrada de Bauru ao Salto do Avanhandava, estrada esta que facilita o acesso à região dos Campos do Avanhandava.
A colonização de Penápolis, portanto, foi feita, como em todo o oeste paulista, de acordo com a Lei de Terras de 1895, que só permitia a aquisição de terras devolutas, pertencentes ao governo do estado, em leilão público.
Para estimular a colonização da região, Manuel Bento da Cruz, Eduardo de Castilho e os capuchinhos fundaram o Patrimônio de Santa Cruz do Avanhandava, em 25 de outubro de 1908. Esta data é oficialmente a data de fundação de Penápolis.
Como marco deste acontecimento, realizaram um primeira missa naquele dia e ergueram um cruzeiro em frente ao local onde, depois, se instalou, em 1923, o 1º Grupo Escolar de Penápolis.
Nas cidades daquela época se concentravam os estabelecimentos comerciais, porém a grande maioria da população vivia na zona rural.
Logo em seguida, em 2 de Dezembro de 1908, chegou ao novo povoado, a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, na época chamada Estrada de Ferro Bauru - Itapura, que impulsionou o povoamento da região. As estradas de ferro, naquela época, eram fundamentais para o transporte de grãos de café, a maior produção agrícola da época, para o porto de Santos.
Os pioneiros encontraram seus maiores obstáculos nos ataques dos índios e na malária, na época chamada de maleita. Os índios só foram finalmente pacificados, em 1912, com a ação do Coronel Cândido Rondon, que, por isto, é homenageado dando seu nome a SP-300 que é a principal rodovia que corta a região da Estrada de Ferro NOB (Bauru até a divisa com o Mato Grosso do Sul), atual Novoeste.
100 Anos de História
O penapolense, vivendo o Centenário de sua cidade em 2008, não esquece as histórias de pioneiros. Famílias inteiras buscando vida nova.
Penápolis que já foi uma estação de trem e uma venda.
As ruas descalças e pacatas com apenas 30 automóveis em 1925, que já eram 350 em 1950.
Em 1919, a grande festa na cidade, recebendo os mais importantes políticos da capital paulista que vieram fundar a Santa Casa de Misericórdia de Penápolis e instalar as Escolas Reunidas, que depois se tornariam o "1º Grupo Escolar de Penápolis".
Na década de 1920 finalmente foi construída a ponte ligando Penápolis a São José do Rio Preto, acabando com a dureza de se atravessar, a vau, com carroças e cavalos, o rio Tietê.
Cora Coralina vendeu muitas mudas de árvores para a cidade toda e sua Casa de Retalhos. Em uma época em que era raro ver uma mulher comerciante, Cora Coralina lutava, nas ruas e no jornal "O Pennapolense" pela instalação de uma Associação Comercial na cidade.
Filhos e moradores ilustres
- A poetisa Cora Coralina viveu vários anos em Penápolis.
- O Bispo aposentado da Diocese de Duque de Caxias e ex- coordenador do Programa Fome Zero, Dom Mauro Morelli, natural de Avanhandava, também morou em Penápolis.
- A família materna da atriz Giulia Gam é de Penápolis, onde Giulia é cidadã honorária.
- A decana do professorado paulista, Dirce Pereira da Silva, que, em 2003, foi homenageada pelo Governador do Estado de São Paulo, como a professora que mais tempo permaneceu em sala de aula em toda a rede pública de ensino do Estado, de 1954 a 2004.
- O Bispo da Igreja Armênia de São Paulo, Dom Vartan Waldir Boghossian;
- O cantor, compositor e arranjador Iso Fischer e seu irmão Tato Fischer (Carlos Eduardo Fischer Abramides) que é ator e diretor teatral;
- A escultora Marly Salum;
- O compositor e cantor Francisco Gottardi da dupla caipira "Sulino & Marrueiro";
- O desenhista e ilustrador Rogério Vilela;
- A jogadora de basquetebol Suzete Gobbi, capitã da seleção brasileira feminina de basquete de 1973 a 1986.
- O pianista Silvano Reis. O músico Chiquinho Costa.
- O sociólogo Luiz Eduardo Waldemarin Wanderley;
- A jogadora de vôlei Jaqueline Bachiega Sipriano da Silva que tem grande destaque no vôlei nacional;
- O artista plástico José Maurício de Almeida (o Caxeta);
- O grafiteiro Edvaldo Luiz Alvares - (O Vado do Cachimbo).
- A apresentadora e modelo Sabrina Sato Rahal;
- O Euclides Marques, da dupla de Choro "Euclides e Luizinho 7 Cordas".
- Nasceu em Penápolis em a 11 de dezembro de 1959, a escritora, contista e poetisa Vera Vilela,
- O Sérgio Peli, armeiro, restaurador e desenhista de armas.
- O maestro Sílvio Augusto Bugiga.
- A atriz Pepita Rodrigues, espanhola, veio, na infância, para Penápolis.
- O jurista José Frederico Marques foi juiz substituto em Penápolis em 1938.
- A poetisa e historiadora Carmita de Mello Ahmad foi uma das pioneiras de Penápolis tendo residido na primeira casa de Penápolis.
Turismo
As atrações turísticas de Penápolis e região são as praias às margens do Rio Tietê, museus, parques públicos, a primeira casa da cidade, represas, clubes de campo.
Museus
Penápolis possui o Museu do Folclore, o Museu São Francisco, dedicado à iconografia sacra, e o Museu do Sol, dedicado à arte primitiva.
Além do Museu Histórico e Pedagógico Fernando Dias Paes Leme.